Nessa semana, que antecede às comemorações de Natal, recebi de fontes distintas, duas incríveis “sacadas” que quero compartilhar nesse artigo.
Uma delas se refere à essa incrível fala de Carl Jung, de quem (como muitos sabem) sou fã incondicional: “Aquilo a que você resiste, persiste”.
Durante esse ano, penso que, em diversas situações, nos vimos acuados por essa verdade tão verdadeira. Quantas vezes será que oferecemos resistência severa a pensamentos, ações, processos de mudança e acabamos por verificar que tais situações persistiram e se fincaram em nosso dia a dia, mesmo contra nossa vontade? A energia flui para onde vai nossa atenção e isso fica a cada dia mais evidente em nossas ações diárias.
Muitos clientes, coachees, alunos ou mesmo pessoas de minha relação tem referido que se sentem inseguros com um cenário tão perturbador, e ficam pensando o que será que podemos esperar para os próximos meses ou anos.
E é nesse momento que quero pinçar a outra “sacada” incrível a que me referi no início de nosso bate papo: a Esperança.
Assistindo à um vídeo enviado por uma amiga, nessa manhã, comecei essas minhas reflexões. O vídeo mostrava uma entrevista concedida pelo Prof. Dr. Mário Sergio Cortella a Otávio Mesquita, há uns 2 anos atrás. Nele, o entrevistador questionou o Dr. Cortella sobre que se dizer, nessa época de Festas, para alguém que não tem condições minimamente aceitáveis para comemorar. O entrevistador inclusive, mencionava que a condição a que ele se referia era a de alguém que, sequer, teria algo para comer.
E, nesse contexto, o inteligentíssimo Dr. Cortella conceitua que para tais pessoas, ou melhor, para todos nós (arrisco dizer nesse meu artigo), a “receita” era a de se ter ESPERANÇA. Esperança não no sentido mais comumente empregado que é no conceito de ESPERAR. Esperança no sentido de ir atrás, ir em busca, movimentar-se em direção de algo melhor.
Dr. Cortella ainda cria uma analogia interessante, dizendo que devemos ter ESPERANÇA do verbo ESPERANÇAR e não do verbo ESPERAR.
Como profissional de RH, sempre me deparei com pessoas que questionam que seus objetivos não foram atingidos novamente naquele ano, colocando a responsabilidade em agentes externos a ela: o governo, as eleições, a guerra do outro lado do mundo, a alta/baixa do dólar, a queda/alta da bolsa, as eleições nos países vizinhos, e tantos outros motivos que, se listados, ficaríamos escrevendo laudas e mais laudas para relacionar.
Será, apenas será, que tais pessoas (e muitas vezes, nós próprios) ficamos a ESPERAR por resultados, por objetivos e metas a serem atingidos, e o fato de esperar e não esperançar seja justamente o motivo disso não ter acontecido?
Importante aproveitarmos o momento das Festas, das incertezas, da crise para modificarmos nossa postura de seres a ESPERAR, para seres com ESPERANÇA. Quem sabe assim, deixando de RESISTIR possamos colher resultados melhores e mais adequados às nossas expectativas, que PERSISTIRÃO positivamente em nossas vidas.
Faz sentido?
Até a próxima.