Em quase todos os treinamentos que ministro, insiro metáforas que, ao meu ver, são ferramentas fantásticas para entender situações reais que, muitas vezes teríamos dificuldades em enxergar se as tratássemos de forma cognitiva.
Portanto, sempre busco novos textos que possam me auxiliar em meus trabalhos de desenvolvimento pessoal. Em uma dessas “pesquisas”, me deparei com um texto incrível de Arnaldo Jabor. A metáfora chama-se “O Idiota e a Moeda”:
“Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo o chamou e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
– Eu sei, respondeu o tolo. Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minhas moedas.
Estarrecido com a visão clara do Idiota, o senhor que se considerava tão ‘nobre’ e ‘inteligente’, pensou que deveria refletir um pouco mais sobre as ações dos outros”.
Se analisarmos essa metáfora de forma simplista, provavelmente teceremos comentários que podem nos levar a tirar algumas conclusões igualmente simplistas:
- Quem parece idiota, nem sempre é.
- Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
- Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
- Talvez o que para uns parece uma situação desfavorável, pode não conferir com a realidade.
Real e verdadeiramente, talvez faça sentido para você, analisar que o que realmente importa quando enfrentamos alguma situação ou decisão, é entender como é nossa percepção em relação ao que pensamos, ao escolhermos uma ou outra situação.
Por que seguir a opinião de alguém que poderá não estar ciente de toda nossa análise para a temática? Por que se importar com o que pensam de nós, se o que conta em nossas vidas, tanto pessoal como profissional, é o que realmente acreditamos serem nossos valores para adotarmos determinada postura?
Arnaldo Jabor conclui, magnificamente, que o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. Ele ainda refere em outro comentário: ‘o maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente’.
Faz sentido? Vale a reflexão.
Até a próxima!