Inegável dizer que estamos passando por muitas mudanças. São alterações nas profissões existentes. São alterações na Legislação Trabalhista. São possíveis alterações na Previdência.
Esse é um fato, real e palpável, e que afeta diretamente nossa forma de trabalho. Tenho conversado com inúmeros profissionais da área de Recursos Humanos e o ponto de interrogação é comum: e agora???
Como fazemos para explicar ao nosso Capital Humano sobre mudanças que sequer entendemos em profundidade?
Hoje quero refletir com você sobre um ponto que sempre foi relevante na nossa atuação, mas que agora se torna IMPRESCINDÍVEL: a COMUNICAÇÃO.
Já perdi a contagem do número de vezes em que fui chamada para apoiar Empresários e Gestores com situações de crise que eram atribuídas a vários motivos, menos ao real, que era a falta de comunicação entre os envolvidos.
Endomarketing sempre foi uma temática primordial à nossa área, mas também sempre foi relegada ao segundo, terceiro, ou mesmo, enésimo plano. Nesses anos todos, vimos encontrando cada vez mais frequentemente o profissional de RH, que antes atuava de maneira especializada e única (Analista de Recrutamento, Analista de Seleção, Analista de Cargos e Salários etc), passando a atuar de maneira muito mais ampla e generalizada. (Analista de RH e ponto).
Por isso, não é raro o mesmo profissional cuidar de folha de pagamento, admissão, demissão, benefícios, segurança, serviços, entre outras ações e com isso seu tempo se torna ainda mais escasso e apertado.
Ora, se esse é o cenário, imagine você se há foco em comunicar e divulgar as ações (e seus desdobramentos). Certamente, acabamos por deixar para explicar determinada ação, somente quando ela virar uma dificuldade real no entendimento de nossas chefias e/ou colaboradores. E lá vamos nós “apagar mais um incêndio”.
Em 99% das empresas que conheço, essa é a “metodologia”: existem Profissionais de RH “PATA”. Óbvio que essa denominação é relativa à uma metáfora.
Lilian, mas o que é um Profissional de RH “PATA”?
Deixa eu explicar a metáfora. Sabemos que tanto uma galinha como uma pata são consideradas poedeiras de ovos. No entanto, algumas bibliografias referem que os ovos de pata têm algumas características melhores que os da sua “colega”, a galinha.
Veja algumas delas:
- Os ovos de pata são maiores, pesam em média 75 g.
- Contém aproximadamente 185 calorias, enquanto o da galinha contém 149 calorias
- São mais ricos em micronutrientes.
- Tem 10 g a mais de gordura. Muito mais do que o da galinha.
- Contém 2,6 g de gorduras saturadas, 0,9 g de gordura poli-insaturada e 4,6 g de gordura monoinsaturada
- Tem presente a substância “Colina” que cancela os efeitos danosos do colesterol e também promove a saúde do cérebro e a prevenção de inflamação.
Então se, segundo estudiosos, as patas podem nos fornecer ovos mais saudáveis e adequados às nossas necessidades, porque o ser humano consome predominantemente ovos de galinha?
Alguns poderão atribuir à facilidade de se encontrar ovos de galinha no comércio. Outros poderão dizer que isso acontece porque as pessoas estão acostumadas com o consumo de ovos de galinha.
É possível que ambas hipóteses estejam corretas, mas na verdade o maior consumo dos ovos de galinha indica que a “publicidade” que cerca essa produção é muito mais difundida do que a que se aplica aos ovos de pata. Mesmo que os ovos de galinha sejam considerados menos saudáveis por alguns.
A começar pelo próprio animal. Quem já presenciou uma galinha pondo ovos, sabe que ela tem um “canto” característico que indica que sua produção está realizada, enquanto que a pata não emite nenhum tipo de som.
Essa metáfora toda é para que você perceba que o ENDOMARKETING, a propaganda das ações do RH talvez seja a ferramenta mais poderosa que temos para valorizar nossa profissão e sermos reconhecidos como profissionais que contribuem com o Negócio das Empresas.
Faz sentido? Programe-se e coloque a comunicação das suas ações à frente da rotina do dia a dia.
Lembre-se que uma boa explicação antecipada poderá lhe poupar horas de trabalho tentando minimizar as situações desagradáveis que o desconhecimento poderá gerar.
Vale a reflexão. Até a próxima.