E aqui estamos, prontos para mais um ano. Novas metas, novos projetos, talvez emagrecer alguns quilos, talvez iniciar aquele programa de exercícios físicos, quem sabe aprender um novo idioma ou mesmo conhecer um novo país, iniciar aquela graduação, trocar de emprego, comprar a casa própria e por aí vai. A lista é imensa.
Claro que todo movimento, quer seja real, no campo cognitivo, ou mesmo no campo da imaginação, promove uma sensação de “estar fazendo algo” e caminhando à frente. E é esse sentimento que mexe com nossas mais fortes convicções de que “dessa vez vai”.
E quanto aos projetos, metas e determinações realizadas nessa mesma época do ano anterior? E como encarar essa primeira semana de “batente”, quando percebemos que o início de 2017 é apenas uma repetição, idêntica, do início de 2016, 2015, 2014, 2013, 2012 e de todos os anos anteriores?
Vi, nos últimos dias de 2016, nas redes sociais, um sem número de agradecimentos, promessas, compromissos. Vi também, essas mesmas pessoas afirmando, no primeiro domingo à noite de 2017 (dia 01, diga-se de passagem), seu descontentamento pela segunda feira que chegava. Vi as mesmas afirmações de aversão, de depressão, de mesmice. Nesse momento fiquei confusa: se quer novos desafios ou não? Se está feliz com as novas oportunidades que prometem novas conquistas ou não? Se pretende mudar ou não?
Mais uma vez, ao refletir sobre esses comportamentos, novamente reforço minha convicção de que, real e verdadeiramente, o que compromete nossas metas não são as dificuldades na política ou nos recursos financeiros que possuímos. O que de verdade nos impacta são nossas próprias limitações, são as barreiras auto impostas que bloqueiam nossa tão almejada “felicidade”, que pensamos estar em fatores externos.
Novamente se comprova o fato de que, o que realmente acontece, é que nossa energia é toda canalizada com o externo, quando o que realmente poderá fazer a diferença é o conhecimento interno, o autoconhecimento. Que tal investir em você mesmo, antes de sair fazendo planos para novas aquisições e novos projetos?
Que bom seria se pudéssemos sentir que esse novo ano representa mais 365 oportunidades de darmos continuidade à nossa história na construção de um legado? Não importa se você tem 20, 40 ou 60 anos. Pense: como você quer ser lembrado quando não estiver mais por aqui?
O grande e eterno Mário Quintana, em sua sabedoria, já dizia:
“Um dia … pronto … me acabo.
Pois, seja o que tem que ser.
Morrer, que me importa!
O diabo, é deixar de viver”
Que venham as reflexões para 2017.
Bom ano, bom ciclo, boa vida e até a próxima!