FUI CONTRATADO. E AGORA?

Há uns meses atrás, escrevi um artigo cujo título era: FUI DEMITIDO. E AGORA?

A época, na qual escrevi esse artigo, começava a sinalizar a tormenta que estamos atravessando atualmente: crise, desemprego, reduções salariais, aumento das exigências para as novas contratações.

Se você for em busca do conteúdo desse meu artigo, verá que minhas orientações estavam todas voltadas à busca da nova recolocação (e porque não, da primeira colocação). As dicas eram, no meu entendimento, muito pertinentes e óbvias.

Estamos ainda atravessando o cenário não muito positivo do ponto de vista dos candidatos, mas, qual não foi minha surpresa quando nessa semana, um seguidor do site me mandou um email cujo título do assunto era: fui contratado e estou apavorado.

APAVORADO? Fiquei surpresa. Esperava outro sentimento de um recém contratado. Felicidade? Alívio? Tranquilidade? Nunca Pavor.

Imediatamente abri a mensagem para tentar decifrar o motivo do pavor e minha surpresa ficou ainda maior. O profissional referia que havia se saído muito bem nas entrevistas e testes e que a posição era tudo que ele havia almejado toda sua vida profissional. Empresa de primeira, salário adequado, benefícios fantásticos e uma chance enorme de crescimento e perpetuação profissional.

Então porque ele estava tão temeroso? Simples, o profissional começava seu texto assim: E SE eu não der conta? E SE eu não conseguir me adaptar à realidade organizacional dessa empresa? E SE?  E SE?  E SE?

O mistério ficou claro imediatamente. O medo desse profissional era o mesmo que todos nós (ou, pelo menos, alguns de nós) demonstramos frente às nossas novas perspectivas. Quantos de nós, frente à uma nova etapa de vida, também temos essas dúvidas?

Duas palavrinhas tão pequenas e consideradas conjunções auxiliares na língua portuguesa, E e SE, podem se tornar o tormento de qualquer indivíduo, quando colocadas lado a lado: “E SE.…” De repente significarão um fantasma difícil de lidar, disparando sensações e sentimentos que, se não administrados, poderão paralisar a ação.

Faz sentido?

Percebi que as duas palavrinhas estavam “escurecendo o céu” dessa conquista do profissional de se posicionar nesse mercado tão recessivo.

Imediatamente respondi ao email convidando-o a pensar que E SE desse tudo certo? E SE ele fosse exatamente o que a empresa buscava? E SE ele conseguisse se “aposentar” nessa empresa como um de seus Diretores?

Convidei-o a olhar a questão sob uma nova ótica, a ótica da razão. Obviamente, frente ao cenário mais favorável à um exaustivo processo seletivo, me parecia muito mais sensato acreditar que o selecionador da empresa contratante, deve ter realizado um processo bastante extenso e completo, tornando meu seguidor do site a melhor opção encontrada.

Importante observar que, por vezes, podemos deixar de comemorar nossas vitórias por conta de acharmos que ela não é merecida. E SE estivermos errados?

Vale a reflexão e o “presta atenção”.

Até a próxima!

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