Parece um xingamento, mas na verdade, é um dos maiores elogios que se pode fazer a um profissional. A resiliência é uma das competências mais exigidas e apreciadas pelos Gestores de Pessoas no mundo corporativo atual.
Quando falamos com alunos e treinandos sobre o significado do termo, todos são unânimes em afirmar que possuem, com sobras, a tal da competência. No entanto, muitos confundem ser RESILIENTE com ser PACIENTE.
Acredito que a melhor forma de discorrer sobre o tema, é relembrar a metáfora do bambu:
“O menino apreciava a enorme tempestade que acontecia do lado de fora da casa do seu avô, quando reparou que os ventos fortes haviam arrancado a figueira enorme (até as raízes) que ficava na entrada da casa. Rapidamente olhou para o outro lado da janela onde estavam plantados os pés de bambu chinês, que seu avô dizia representar a força de seu povo.
Surpreso, o menino constatou que os bambus, apesar de bem altos, não haviam sido arrancados. Imediatamente, chamou seu avô e o questionou sobre o porquê disso. Como pode? Uma figueira que precisa de quatro homens para balançar seu tronco ter sido arrancada até a raiz e o bambu, alto também, mas fino como um dedo, ficar lá, como que dançando ao vento?
Seu avô mais que depressa explicou ao neto sobre os três motivos para isso:
1º) Depois de plantado, o bambu demora de 4 a 5 anos para começar a despontar na terra, mostrando que na verdade está ‘vivo’ e ‘saudável’. O motivo disso é que nesses cinco anos, ele cresce para baixo, atingindo o mesmo tamanho que terá quando ‘despontar’, fixando-se, então, fortemente ao solo (sua base).
2º) Assim que começa a despontar, cresce rápida e vertiginosamente, sempre buscando as alturas, mas criando nós, amarrações que impedirão que suas estruturas se danifiquem (sua persistência).
3º) Apesar de muito fino e alto (supera os 25 metros de altura) pode enfrentar tempestades e vendavais fortíssimos, vergando-se até o chão sem, no entanto, sequer trincar. Retorna sempre à sua altura majestosa, porque a forte estrutura interna montada nos primeiros 5 anos o seguram à terra e as estruturas (os ‘nós’, não os ‘eus’) lhe permitem vergar até o chão sem quebrar.”
Com essa metáfora que conta a trajetória do bambu, muitos gurus da Gestão de Pessoas e da Administração Moderna, como Dale Carnegie (Autor de “Como fazer amigos e Influenciar Pessoas”, entre outros) e Stephen Covey (Autor de “Sete Hábitos para Pessoas Eficazes”, entre outros) vêm apresentando a importância da resiliência em nossas vidas, tanto profissional como pessoal.
Com as pressões que encontramos no nosso dia a dia, fica fácil entender como é importante encontrar uma pessoa (‘bambu’) que consegue enfrentar as tensões e dilemas vividos (‘tempestades’) sem permitir que sua estrutura emocional (‘base’) se abale ao ponto de fazê-lo “quebrar” em pedaços, travando sua ação.
É natural entender o valor agregado que essa competência pode gerar aos profissionais de uma empresa que faz parte dessa realidade atual, competitiva e geradora de tanta tensão.
Faz sentido? Então, se esforce para poder se tornar RESILIENTE.
Fica a reflexão!!
Boa semana e até a próxima.