APERTEM OS CINTOS, O GESTOR SUMIU

Com a mescla de gerações (Baby Boomers, geração X, Y e Z) tão acentuada dentro das Organizações, obviamente é de se esperar que o modelo de Gestão que conhecíamos fosse alterado. Tenho ouvido muitos comentários a cerca de como lidar com os colaboradores dessas novas gerações que aparecem com questionamentos que antes não se ouvia. Se pensarmos que atualmente há escolas que utilizam, já na pré-escola, o recurso de tablets e internet como metodologia de apoio à área pedagógica, como lidarmos com as regras impostas pela administração já não tão moderna assim?

O fato incontestável é que o nível de exigências não acompanha o nível de preparo e maturidade profissional. Já encontramos empresas sendo geridas por uma Administração Horizontal, ou seja, uma gestão sem níveis hierárquicos definidos. Nesse formato, a princípio, não há chefes, não há a figura de autoridade extrema que define os rumos da empresa. Na Administração Horizontal todos são responsáveis por tudo e por todos. Da seleção de novos talentos, passando pelo treinamento e capacitação desse elemento, pela avaliação e acompanhamento frequente, tudo é responsabilidade de todos os envolvidos, quer seja dentro do departamento e/ou do setor.

Em uma análise mais simplista é possível que se acredite que esse é o melhor dos mundos: poder trabalhar “sem a espada do chefe algoz sobre sua cabeça”. No meu entendimento, a ótica deveria ser justamente a contrária, ou seja, nesse tipo de gestão aumentam, sobremaneira, as responsabilidades de cada um sobre si e sobre o outro.

Verbalizações do tipo ‘a empresa não investe em mim’, ‘meu chefe não me avalia corretamente, é injusto comigo’, ‘podemos emendar o próximo feriado?’ entre outras, não mais poderão ser mencionadas dentro da empresa, pois imediatamente o grupo rebaterá: ‘quem tem que investir em você e em sua carreira é VOCÊ’, ‘se você acredita que sua avaliação está aquém do seu potencial, recorra à outra forma de ser avaliado para ser mais coerente’ ou ‘claro que não podemos emendar feriados, pois a produção ficará comprometida’.

Faz sentido?

Maturidade pessoal e profissional são o grande pulo do gato para que esse tipo de gestão realmente se torne realidade. Na prática o que estamos encontrando são profissionais que nos entrevistam pelo telefone, questionando o valor da remuneração e seus benefícios. Questionam muitas vezes sobre o Plano de Carreira da Organização, mas ao investigarmos um pouco melhor, verificamos que o que eles querem saber na realidade é se há aumentos salariais periódicos (e claro, nem perguntam se há o aumento atrelado ao merecimento).

O importante é sabermos que a administração horizontal é mais uma das práticas de gestão de pessoas que estão sendo consideradas. Portanto, capacite-se, procure entender mais sobre o tema para poder se adequar mais facilmente quando essa forma de gestão deixar de ser uma teoria e virar efetivamente uma prática.

Vale a reflexão e atenção.

Boa semana e até a próxima.

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