Atualmente, até mesmo por conta da tão divulgada “crise”, vem acontecendo uma crescente valorização do mercado às profissões relacionadas à gestão do capital humano nas organizações.
Esse reconhecimento mais que merecido, no entanto, nos remete à reflexão de alguns pontos de atenção. As ferramentas de gestão dentro da área de recursos humanos são vastíssimas, mas, um ponto que não podemos deixar de mencionar é que “intenção sem ação é ilusão”.
Com isso quero dizer que pouco resolverá ter acesso às ferramentas se não desenvolvermos a maior delas: o ‘feeling’. Essa, em minha opinião, é a ferramenta mais eficaz e é, também a competência onde quase nenhum de nós investe.
O ‘prestar atenção’ ao momento vivenciado faz toda a diferença entre perceber ou não a realidade daquele momento. Essa é, em minha opinião, o ponto circunstancial que fará a área de Gestão de Pessoas se tornar uma área de negócio, que contribui com o resultado da empresa ou uma área de suporte aos demais departamentos produtivos.
Quantos de nós, profissionais de RH, nos sentimos subutilizados, pois nosso único motivo de existência é assegurar estrutura minimamente condizente com o bom desempenho dos demais profissionais. Claro que a preocupação com a infraestrutura da empresa é algo necessário e de importância para o bom desenvolvimento das atividades. Mas, faz sentido se eu disser que o recurso humano, o capital humano da empresa deve ser mais valorizado?
Tenho visto um número muito grande de profissionais de nossa área com diversas teorias (porque tais teorias não faltam) abordando formas de administrar, gerenciar, captar, reter, informar etc etc às pessoas. Mas, lamentavelmente as pessoas são completamente diferentes umas das outras e, como tal, suas reações também serão. E é aí que mora o perigo: muitos pensam que, já que todo mundo é diferente, não tem como definir um regra para condução de pessoas.
Sou partidária de algumas teorias que alegam que sim, todos são diferentes, mas que existem alguns padrões comportamentais que nos possibilitam trabalhar de maneira mais uniforme na criação de procedimentos e tratativas no desenvolvimento do capital humano de uma organização.
Mas, por mais que nos apoiemos nas técnicas, nunca, em minha opinião devemos deixar a prática de ver e ouvir os indivíduos na sua essência. Olho no olho, uma observação criteriosa pode ser o diferencial de um bom profissional de RH, agindo com propósito, e um outro indivíduo para quem os colaboradores representam apenas uma matrícula.
Obviamente, minha reflexão dessa semana está direcionada aos colegas da área, mas não posso deixar de mencionar que essa é uma prática mandatória para qualquer profissional que pretenda conviver harmônica e produtivamente no mundo corporativo.
Eu adoro um dos pensamentos de Carl Jung que diz:
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.”
Até a próxima!